Sustentabilidade… Uma palavra que está na moda e passou a fazer parte da linguagem quotidiana, inerente quer à construção, quer a variadíssimas outras áreas.
Um dos setores económicos mais importantes na Europa é a indústria da construção, nomeadamente a dos edifícios. No entanto, essa importância não corresponde na mesma proporção no que toca a consumos excessivos de matérias-primas, recursos energéticos não-renováveis e produção excessiva de resíduos, verificando-se ainda que este setor continua a basear-se maioritariamente em métodos de construção tradicionais e mão-de-obra não qualificada. De acordo com dados de 2015, é responsável por 30% das emissões de carbono, e o ritmo atual de consumo de recursos energéticos neste setor apresenta valores acima da capacidade de reposição dos sistemas naturais.
Segundo Paulo Martins, CEO da Ponto Urbano, “é urgente melhorar as práticas comuns em todos os sectores que contribuem para o aumento das alterações climáticas. O setor da construção, que consome quase metade da energia produzida, é o principal responsável pelas emissões de gases com efeito de estufa. Serão então as boas práticas no nosso setor que maior impacto terão na prevenção e mitigação das alterações climáticas. A procura da sustentabilidade da nossa habitação deixa de ser uma mera “moda” para passar a ser um imperativo. Há que realmente passar a fazer melhores casas e melhores cidades.”
“Na Ponto Urbano pretendemos reinterpretar os sistemas de construção evidenciando a contribuição que as técnicas construtivas representam no desenvolvimento sustentável no domínio da construção. O desafio é primeiramente perceber o que é de facto a sustentabilidade na construção, do que depende e quais são os intervenientes para se chegar a uma construção sustentável. E, segundo lugar é perceber quais as técnicas construtivas que devem cair em desuso e quais devem passar a fazer parte do quotidiano da construção.”, afirma ainda Paulo Martins.
“Esperamos que, a curto prazo, em toda a Europa consigamos desmistificar o conceito de “sustentabilidade”, implementá-lo de forma a tornar todo o sector da construção verdadeiramente mais sustentável”, conclui Paulo Martins.